[FP] Clarisse Fontaine

História: Clarisse nunca soube a sua real origem até completar os seus 11 anos. Embora sempre soubesse ser filha de um estuprador, nunca soubera o que ele era exatamente. Nem a sua mãe sabia. E amava-a mais do que podia explicar. Aquela mulher que havia aceitado ser mãe solteira, ter um bebê de um homem quem nem sabia o nome e ao mesmo tempo a ferira tanto. Clair admirava-a.
Nunca soubera explicar o porque de ser capaz de fazer tantas coisas estranhas, principalmente quando passava por um turbilhão de emoções. Mas agora ela sabia, e tinha medo do que havia em seu sangue, não queria ser como ele, alguém violento, que sucumbira as trevas; ela não era assim e nada a faria mudar. Só veio descobrir que era uma mestiça meses depois após conhecer aquele novo mundo encantado e cheio de magia. Depois de muita insistência e longas conversas com sua mãe, descobriu que o seu pai era um bruxo, não um trouxa como supora inicialmente.
Porém, ao ser revelado que ele ele havia uma tatuagem, associado a seu comportamento, Clair supôs que seu pai fosse um Comensal e isso a destruiu por dentro, e jurou que nunca, ninguém saberia sobre esse fato. Guardaria toda a maldade existente em seu DNA. Não seria como ele, devia isso a sua mãe que tanto a amava.

Conte como recebeu sua carta de Hogwarts: Era um dia comum, nada diferente dos demais. A menina estava em seu quarto, a televisão estava ligada e ela trocava insensantemente os canais, sem parar para prestar atenção em algum. Suspirou e olhou para o teto, desejando que sua vida fosse diferente, que tudo em sua vida fosse diferente. Até onde sabia, sua mãe havia sido violentada por um estranho quando voltava do emprego, e daquele ato insano de violência, a pequena Clair nascera. Gostaria de pertencer a uma família comum, de ter alguém em quem realmente confiar para conter de seus problemas, suas dúvidas, seus medos e suas angústias. E no meio daquele desejo, uma coruja marrom entrou pela janela e pousou num criado ao lado da cama de Clarisse. Ela pulou da cama assustada, reprimindo um grito preso em seus lábios. Olhou para os lados assustada e pegou o envelope que a ave deixara cair no chão. Abriu de pressa para saber do que se tratava e se não havia gritado antes, agora sim era hora de gritar e foi o que a jovem fez. Logo sua mãe entrou no quarto, vendo o que se passava ali e elas trocaram um olhar que transmitia tudo o que sentiam. Ao menos agora as esquisitices da jovem estavam explicadas.